Problematizando “ineficiências”: reflexões na fronteira entre inteligência artificial, moderação de conteúdo e discriminação algorítmica, em perspectiva decolonial

Autores

Resumo

A atividade de moderação de conteúdo em redes sociais vem sendo majoritariamente protagonizada pela inteligência artificial. Criadas, alimentadas e treinadas por humanos, essas complexas linhas de código estão sujeitas à reprodução, na esfera digital, de vises discriminatórios pré-existentes no mundo físico. Partindo dessa premissa, este ensaio problematiza supostas “ineficiências” da inteligência artificial na atividade de moderação de conteúdo, especificamente no que tange à prática de discriminação algorítmica contra grupos vulnerabilizados. Apesar de frequentemente reconhecidos pelas próprias aplicações como “erros” da máquina, meu argumento é de que reiterados episódios de discriminação algorítmica revelam, antes, uma seletividade programada.

Biografia do Autor

Amanda Chami, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Mestranda em Teoria do Estado e Direito Constitucional na PUC-Rio. Pesquisadora no grupo de Reescrita de Sentenças, organizado pela Profa. Márcia Nina Bernardes (PUC-Rio). Graduada em Direito pela PUC-Rio. Advogada no escritório de advocacia Terra, Tavares, Ferrari, Schenk, Elias Rosa.

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Publicado

22.06.2024

Como Citar

Chami, A. (2024). Problematizando “ineficiências”: reflexões na fronteira entre inteligência artificial, moderação de conteúdo e discriminação algorítmica, em perspectiva decolonial. Revista Brasileira De Direito Civil, 33(1), 281–298. Recuperado de https://rbdcivil.emnuvens.com.br/rbdc/article/view/1017